quando você se sente coagido pela pressão psicológica;
quando a dúvida total a respeito do futuro te deixa em pânico;
quando a responsabilidade da maioridade pesa sobre a sua cabeça...
É hora de?
a) entrar em depressão?
b) se jogar do Rio Paraíba?
c) Atravessar de olhos fechados a Av. 28 de março?
d) todas as alternativas acima
Nãao, leia um livro de auto-ajuda e converse com bons amigos e essa fase vai passar.
Me encontro no 3º ano do ensino médio, no último módulo do Técnico de Informática, último semestre do Curso de Inglês (depois de 6 anos de tortura), último bimestre do Curso de Espanhol (depois de 3 anos de curso), em fase de ENEM e outros vestibulares e a 9 dias de completar 18 anos. Ou seja, a beira de uma explosão ou o suicídio mesmo. Brincadeirinha.
A alguns dias, estava eu em casa, tinha acabado de acordar e acebei me desentendendo com meus pais. Motivo? Meu técnico. Eu não gosto, não quero isso pra minha vida. Aí você pergunta: O que você ainda está fazendo lá? Bom... No início a proposta era começar e ir até onde dava porque seria importante no futuro, um conhecimento a mais e algumas linhas a mais no meu currículum. Mas o tempo for passando, eu conseguia sempre passar com notas ótimas, mas no fundo detestava 98% das aulas e não aprendi tanto quanto os outros por isso.
Quando cheguei na escola as coisas só pioraram. Me senti horrível, desesperada e com vontade de chorar. É que já se passaram três anos de Ensino Médio e eu ainda não sei o que quero da minha vida e para mim isso não era normal (Hoje vejo que as coisas não funcionam assim). Todos os meus amigos já estavam aparentemente preparados para o vestibular, com suas profissões e possíveis empregos em mente. E eu, viajando, em outro mundo, tudo, menos decidida sobre isso. E nesse dia me vi submersa em minhas dúvidas e anseios indefinidos. A minha volta todos estavam desesperados ou me perguntando o que vou fazer, quais faculdades vou tentar etc e tal. A minha vontade era parar um pouco no tempo, gritar muito e depois meditar ao som do silêncio. As minhas reações às perguntas que me faziam eram ilárias. Qualquer coisa que alguém me dizia eu começava a filosofar, encontrava uma conclusão triste e chorava. Por exemplo: Carol, você vai fazer 18 anos né? Pronto. Acabava o mundo pra mim. A tristeza e a melancolia invadiam meu coração e as lágrimas marejavam meus olhos. Parece ridículo, mas foi horrível me sentir desse jeito.
Chamo toda essa fase maluca de decisões importantes e sentimentos a flor da pele de "Depressão 18 anos". No meu caso "Depressão pré-18 anos". É o momento onde todos os olhares do mundo se voltam para a sua decisão colocando medo e obstáculos a sua frente.
Quando alguém te pergunta:
- Vai fazer vestibular pra que?
- Ahh, vou fazer pra Psicologia.
- Xiii, isso não dá dinheiro não hein.
- Mas eu quero fazer o que eu gosto!
- Gostar não é o bastante, você tem que unir o útil ao agradável.
Aí você muda de opinião e vem outro:
- Vai fazer vestibular pra que?
- Engenharia Química.
- Você gosta disso?
- Pra dizer a verdade, mais ou menos.. Mas é que o mercado de trabalho tá amplo, a remuneração tá alta e eu sempre me dei bem com Química ué...
- Xiiii... Mas se você não gosta do que você faz, você vai viver infeliz. Lembre-se que o trabalho é algo pra grande parte da sua vida e você não pode gastar isso por dinheiro. Você tem que procurar um curso que você goste e unir o útil ao agradável.
CHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEGA!!!!
Quer um conselho? Siga o seu coração. Pra mim, é super importante você gostar do curso que você escolheu, mas não epenas dele. Você deve se ver trabalhando nas possíveis profissões que ele oferece. E se você puder escolher entre elas, algo que te traga um salário interessante melhor ainda. Se não for o caso, busque especialização, se empenhe ao máximo para ser o melhor profissional nessa sua área e se você realmente gosta do que faz, vai conquistar seu espaço no mercado de trabalho.
Depois daquele dia estressante, refleti muito e percebi que incontáveis eram os jovens que estavam indecisos e continuam indecisos como eu. Além disso, ouvi numa palestra uma vez que inúmeras pessoas, mesmo que bem sucedidas, mudam de profissão uma ou duas vezes na vida buscando fazer o que realmente gostam por ter feito a escolha errada na juventude.
Um amigo me contou que a sua mãe sempre diz que o problema de nós jovens é que somos muito ansiosos e sempre achamos que não vai dar tempo. Não vai dar tempo de fazer todos os cursos que queremos, de fazer todos os esportes que gostamos, de aproveitar a vida, namorar, casar, ter filhos, realizar sonhos... Mas não é verdade. Helloo! Nós somos JOVENS! Temos toda a vida pela frente! É lógico que devemos nos empenhar hoje para fazermos as escolhas certas, mas se por acaso não der certo, vamos tentar denovo, e denovo até conquistarmos nossos objetivos.
Querem saber para que vou prestar vestibular?
Psicologia, Design Gráfico, Ciências Sociais, Publicidade(Comunicação Social) e Serviço Social
Porque os escolhi?Eles são mais a minha cara, e um dia um deles me deixará orgulhosa no futuro quando o meu principal objetivo na vida for alcançado: SER FELIZ.
Kkkk... Adorei o texto Carol. E acho que mais do que ninguem entendo a sua aflição. Mas foi como a minha mãe falou: nós jovens achamos que a vida é muito efêmera. Mas no fundo eu acho que no final de tudo eu acho que só vai valer a pena toda essa presão de E.M., vestibulares e técnico se no futuro trabalharmos no que realmente gostamos. Espero que passemos para Design e que no futuro sejamos profissionais felizes. Boa sorte pra gente :)
ResponderExcluir